Suspeitos de agressão, guardas municipais são afastados na capital baiana

Os oito guardas municipais suspeitos de agredir um morador do subúrbio de Salvador foram afastados do trabalho nas ruas, na tarde desta segunda-feira (3), e passam a atuar internamente na sede da instituição, localizada na Avenida San Martin.

 A direção abriu processo administrativo para investigar o que aconteceu durante uma fiscalização contra a poluição sonora na Praia de Tubarão.

 O tenente Peterson Portinho, diretor da Guarda, declarou que ela deve garantir a segurança da população. “A Guarda Municipal está aqui para preservar a integridade física do cidadão e não agredir”, disse. Os suspeitos podem ser punidos até com a demissão. Nesta segunda-feira (3), 96 guardas municipais começaram a usar armas de fogo, mas 20 deles já estavam armados desde a última quarta-feira (29). No momento da agressão, os guardas apoiavam uma operação da Superintendência de Controle e Ordenamento do Uso do Solo (Sucom) contra a poluição sonora.

 A ação teve apoio das polícias Civil e Militar. De acordo com a Polícia Civil, durante a operação, um equipamento de som foi tomado pela polícia e moradores teriam reagido com pedras e outros objetos nos agentes. Além disso, a polícia afirma que houve violência e mais de 40 tiros teriam sido disparados contra funcionários da prefeitura e policiais. Dois carros da prefeitura foram atingidos. Ainda segundo a polícia, os disparos partiram de traficantes.

 Na manhã desta segunda, moradores do bairro se reuniram na praça onde ocorreu a confusão para protestar contra ação dos policiais e dos guardas. Um inquérito foi aberto para apurar a tentativa de homicídio e identificar os criminosos que fizeram os disparos. A polícia informa também que está analisando as imagens e vai abrir sindicância contra os policiais civis que se excederam na ação.

Fonte: TV Bahia